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terça-feira, 14 de abril de 2020

Filipenses 1:6


Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; Filipenses 1:6

Nós queremos ter méritos em todas as coisas, pensamos que a salvação é gerada em nosso ser, pois ainda temos uma mentalidade escravatória e idólatra. Estamos como o fariseu que vai templo orar e atribui a si mesmo a capacidade de ser alguém que não pratica determinados pecados e é devoto ao Deus vivo. Uma relação de troca e barganha vem de uma consciência de escravidão, tentamos agradar o nosso senhor para receber migalhas, para receber coisas que o mundo almeja, esquecemos que nossa relação com Deus é de filhos. 

Paulo lembra-nos que sem dúvida a salvação gerada em nós é realizada por Cristo, ele é quem começou toda boa obra, está aperfeiçoando e a tornará plena na eternidade. A verdade é que tudo que começa no homem termina no homem.
  
Esta boa obra, que não é pelo nosso esforço mas pela graça que transforma quem somos, muda nossa identidade, nos tornamos seres espirituais vivendo uma breve experiência humana.

Paulo nos ensina qual é o propósito desta obra que está sendo feita em nós:

Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue. Gálatas 1:15,16.

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:28,29

Então está boa obra começou antes da fundação do mundo, acontece pela graça e não pela nossa capacidade, afinal se não for esta ação divina nós não escaparemos da escravidão dos ídolos, porém o resultados desta obra é que Cristo possa ser revelado em nós. 

Os frutos desta nova identidade é a pregação do evangelho, é sair do nosso lugar de conforto para encontrar o irmão.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Filipenses 1:1



Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: Filipenses 1:1.

“...Paulo” - Antes de se tornar o apóstolo que conhecemos foi um perseguidor de Cristãos, matou pessoas entendendo que fazendo isso estava agradando a Deus de todo o coração. 

Era um Judeu da tribo de Benjamim e natural de Tarso (grande metrópole universitária), que era uma cidade grega (atual Turquia) sobre o domínio romano. Recebeu influência direta de pelo menos três culturas: judaica, grega e romana. Percebemos em seus escritos grande conhecimento nas mais diversas áreas, certamente era um homem poliglota e com vasto conhecimento na lei mosaica. Possuía uma profissão diferenciada, era alguém que fazia tendas, se comparamos com os tempos modernos podemos equiparar a um arquiteto ou design de interior, ou seja, provavelmente era um homem com boa condição financeira, além disso Paulo era um cidadão romano de nascença . 

Se pensarmos em todos os benefícios de ser um cidadão romano, o vasto conhecimento filosófico, teológico e cultural do apóstolo, todo o prestígio que tinha entre os fariseus, somente um encontro realmente profundo com Jesus poderia gerar conversão em Paulo. E de fato, Jesus é quem vem ao encontro do homem para o redimir, Paulo nos leva a entender em seus escritos que de fato a salvação é pela graça é um ato de Deus e não nosso. Somente um encontro real com Cristo pode fazer um homem abandonar antigas convicções e certezas, todo prestígio e dinheiro, para estar disposto a morrer pela mensagem do evangelho.

A partir do dia que encontrou a Cristo no caminho de Damasco sua história foi mudada, de um perseguidor respeitado por judeus e romanos, tornou-se perseguido.  

Paulo possuía muitos atributos, porém não se gloriava em nenhum deles, pelo contrário, gloriava-se em suas fraqueza  (2 Coríntios 11:30) pois sabia que dos pobres de espírito é o Reino dos Céus. Romanos, no capítulo sete, demonstra que Paulo era um homem comum, com fraquezas e limites, pois não conseguia fazer o que sabe que é bom e agradável ao Senhor, mas em tudo isso era sustentado pela Graça.

A vida deste homem, deu testemunho e avalizou seu ministério e vocação. Era mais do que um missionário, mas um pastor e mestre para as igrejas do primeiro século e seus ensinos sintetizam a vida e palavras de Jesus.

“...Timóteo” -  Lucas relata a conversão de timóteo e o convite de Paulo para que o jovem lhe acompanhasse em viagem:

E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego;
Do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio.
Paulo quis que este fosse com ele; e tomando-o, o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.
Atos 16:1-3

A vida de Timóteo proporciona reflexões muito profundas, provavelmente ele conheceu o evangelho durante a primeira viagem de Paulo na região. O pai de Timóteo era grego, então podemos imaginar que sua formação cultural era grega, o fato dele não ser circuncidado confirmar esta informação. 

A igreja local dava testemunho da via de Timóteo e sua mãe Lídia, chamando a atenção de Paulo que o chamou para acompanhá-lo em sua viagem. 

Paulo viu na vida deste jovem a vocação que o mesmo recebeu de Cristo, tornou-se um amigo e de certo modo um aprendiz de Paulo, foi preparado para ser um pastor.
Pelo que vimos, também era alguém que poderia de alguma forma ajudar na confecção das cartas às igrejas, talvez escrevendo enquanto paulo ditava. 

Timóteo e Paulo foram exemplos de amizade e consciência da vocação, fortalecendo um ao outro em meio a caminhada.

“...servos de Jesus Cristo” - Paulo e Timóteo inicia sua carta apresentando-se como servos, que é o chamado primeiro de todo cristão. 
Quando lemos este texto precisamos nos lembrar da obra da redenção por meio de Cristo Jesus, antes éramos escravos de nossos pecados que nos conduzia invencivelmente a morte eterna, porém agora, somos escravos do amor de Cristo que nos torna livres de toda opressão e pecado, nos conduzindo a sermos participantes da natureza divina sendo chamados filhos de Deus. 

Paulo discorrer profundamente sobre o assunto:

11 Portanto, considerem a velha natureza de vocês como se estivesse morta e surda para o pecado, enquanto vocês, por outro lado, estão vivos para Deus, atentos a Ele, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
12 Não deixem nunca mais que o pecado controle esse corpo fraco de vocês; e não cedam aos seus desejos pecaminosos.
13 Não deixem que nenhuma parte de seus corpos seja instrumento do mal, usada para pecar. Antes se entreguem inteiramente a Deus - o corpo todo - pois que vocês voltaram da morte e desejam ser instrumentos nas mãos de Deus, usados para seus bons propósitos.
14 Nunca mais o pecado precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus.
15 Isto significa que agora nós podemos ir avante e pecar sem nos incomodarmos com o pecado? (Pois nossa salvação não depende de guardar a lei, mas de receber a graça divina!) Naturalmente que não!
16 Será que vocês não compreendem que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado (com a morte) ou então a obediência (com a absolvição). Aquele a quem você mesmo se oferecer, este o tomará, será o seu senhor e você será escravo dele.
17 Graças a Deus que vocês, embora antigamente tivessem escolhido ser escravos do pecado, agora obedeceram de todo o coração ao ensino que Deus lhes entregou.
18 E agora estão livres do velho senhor, o pecado; e tornaram-se escravos do novo senhor, a justiça.
19 Falo desta maneira, utilizando-me da ilustração de escravos e senhores, porque é fácil de compreender: tal como vocês costumavam ser escravos de todos os tipos de pecado, assim também agora é preciso que vocês se deixem escravizar por tudo quanto é justo e santo.
20 Naqueles dias, quando vocês ainda eram escravos do pecado, não se importavam muito com aquilo que é bom.
21 E qual foi o resultado? Evidentemente não foi nada bom, visto que agora vocês se envergonham até mesmo em pensar naquelas coisas que costumavam fazer, pois todas elas terminam em perdição eterna.
22 Agora, no entanto, estão livres do poder do pecado e são escravos de Deus. E entre os benefícios que Ele dispensa a vocês, estão a santidade e a vida eterna.
23 O salário do pecado é a morte, mas a dádiva gratuita de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Rm. 6

Não existe a possibilidade de servir a dois senhores, existem apenas duas opções em nossa existência, ou somos escravos de nossos ídolos ou abrimos mão dos nossos supostos direitos e entregamos nossa vida debaixo da vontade de Deus, para viver como ele quer, para ir onde ele deseja, viver os seus propósitos.

A escravidão do pecado levará a morte, tristeza, angústia e sofrimento. Mas aqueles que estão em Cristo, podem padecer necessidades mas ainda assim subsiste contentamento em seus corações, pois sabem que o seu Senhor os ama como filhos.

A disposição de sermos servos de Cristo traz sim consequências, você perde a autonomia, suas decisões, a maneira como você cria os filhos, o modo como você utiliza o dinheiro, tudo isso passa a ser feito a partir da vontade do seu Senhor. Escravo não possui bens, não possui poder de decisão, a vida de um escravo é inteiramente guiada a partir da vontade do seu senhor. 
Isso diz respeito aqueles que são escravos do pecado e aqueles que são escravos de Cristo, qual é o melhor lugar pra se estar.

A grande diferença é que o nosso senhor é perfeito, Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação  (Tiago 1:17).
O nosso Senhor é perfeito, todas a decisões dele pra nós produzirá salvação.

Nós vimos na carta aos filipenses a compreensão perfeita da materialização desta consciência de serviço. Pedro também escreve a respeito desta vida de propósito:

10 Deus deu a cada um de vocês algumas capacidades especiais; estejam certos de as estarem utilizando para se ajudarem mutuamente, transmitindo aos outros as muitas espécies de bênçãos de Deus.
11 Você é chamado para pregar? Então pregue como se o próprio Deus estivesse falando através de você. Você é chamado para ajudar aos outros? Faça-o com todas as forças e a energia que Deus lhe concede, a fim de que Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo - a Ele seja a glória e o poder para todo o sempre, Amém
1 Pe. 4

Não tenha dúvida a respeito do propósito de Deus em sua vida, VOCÊ NASCEU PARA SERVIR.

Nós invariavelmente vamos refletir a imagem do nosso Deus, se nossa confiança estiver no dinheiro, nossa vida será por uma busca ao dinheiro, por este motivo o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Mas o amor a Deus nos fará refletir o amor.

“... todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos - Elienai Cabral vai dizer o seguinte sobre este trecho:
Os destinatários, portanto, são chamados “santos” porque foram separados para viver para Cristo. A igreja romana identifica como “santos” os que já morreram. Porém, o contexto teológico indica que “santos” são todos quantos servem ao Senhor Jesus em vida física. O significado da palavra “santo” é “separado”. Os crentes em Cristo, independentemente de suas fraquezas, são os “separados” para servirem a Cristo. A santidade pode ser vista sob dois ângulos: posicional e a progressiva. Posicionalmente, todos quantos estão em Cristo Jesus são considerados “santos”. Progressivamente, todos os vivos em Cristo aperfeiçoam a vida cristã buscando a separação de toda e qualquer ação pecaminosa.
Elienai, Cabral. Filipenses (Locais do Kindle 293-298). CPAD. Edição do Kindle. 

Esta separação não é uma obra humana, mas uma ação de Deus em nosso favor e direção:

E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Tessalonicenses 5:23

“...com os bispos e diáconos” - Paulo não destaca a liderança para que eles se sintam mais amados, ou mais importantes. Mas para lembrar estas pessoas de sua responsabilidade com o ministério recebido de Cristo. No corpo de Cristo é repartido dons e ministérios, aqueles que exercem funções eclesiásticas e de liderança  na congregação local precisam entender seus deveres e responsabilidades, que é de servir aos irmãos em amor, mas do que isso são responsáveis por ajudar os demais irmão a entenderem quem são em Cristo Jesus.

A palavra nos ensina a função dos bispos e diáconos:

Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
Atos 6:1-6

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;
Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
(Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? );
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.
Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância;
Guardando o mistério da fé numa consciência pura.
E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.
Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. 1 Timóteo 3:1-13

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Um dos livros que utilizei para pesquisa enquanto escrevia estes estudos, foi o Comentário de Calvino a respeito da carta de Paulo aos filipenses. Você poderá encontrar este livro na Amazon clicando AQUI.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Filipenses

Meus queridos amigos, iniciamos hoje uma série de reflexões com base na carta de Paulo aos filipenses. Nesta primeira publicação faremos uma breve introdução desta carta.

Além do texto, disponibilizamos o áudio:


Introdução

A carta de Paulo aos irmãos Filipenses traz ensinamentos profundos a fé Cristã. O texto propõe aos seus leitores uma vivência no evangelho com alegria e contentamento, através da fé em Cristo Jesus.
Filipos se tornou uma importante colônia do império romano, a cidade recebeu este nome em homenagem ao seu conquistador, o rei Felipe II da Macedônia em 358 a.C. Em 108 a.C. passou ao controle romano. Em 42 a.C. os romanos que então venceram a batalha de Filipos, se instalaram no local e tornaram a cidade uma réplica menor de Roma.  
A cidade de Filipos tinha grande importância comercial, vindo a ser uma das principais rotas entre a Europa e Ásia.


A respeito da religiosidade dos filipenses, Elienai Cabral afirma que:


Segundo o registro resultante das escavações arqueológicas no local da cidade de Filipos, os arqueólogos descobriram que Filipos era uma cidade idólatra com vários deuses gregos e romanos, além de várias divindades orientais, como Baal e Astarote e outros. Por não haver muitos judeus na cidade, não havia sinagoga judaica.
Elienai, Cabral. Filipenses (Locais do Kindle 159-161). CPAD. Edição do Kindle. 


Paulo e Silas estiveram em Filipos por volta dos anos 51 e 52 a.C. quando de sua segunda viagem missionária. 
Lucas descreve o compreensão que Paulo e Silas tiverem quanto a necessidade de ir para a Macedônia:


E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos.
E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.
E, navegando de Trôade, fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia e, no dia seguinte, para Neápolis;
E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade.
Atos 16:9-12


Paulo e Silas tinham plena convicção a respeito de quem eram em Cristo, como também sabiam que a natureza do envio que receberam era o mesmo do próprio Jesus. A partir desta consciência, seus corações estavam sensíveis a voz do Espírito Santo, por este motivo interpretaram a visão recebida por Paulo como sendo a vontade de Deus para suas vidas.

Filipos era uma cidade com muita diversidade em relação a origem, tanto quanto da religiosidade dos seus habitantes naquele período. Por este motivo não existia uma sinagoga judaica na cidade e as reuniões organizadas por Paulo e Silas aconteciam a beira do rio, na parte externa na cidade, pois era proibido pregar sobre um religião não reconhecida na parte interna da cidade.. O público que os seguiam eram principalmente mulheres. Lucas narra como foi a primeira conversão:


E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.
E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
Atos 16:13-15


Paulo e Silas sabiam de que a luta deles não era contra carne e sangue, mas contra principados e potestades (Efésios 6:12). Na cidade começaram a pregar e expulsar os espíritos imundos, causando grande alvoroço, afinal eles estavam em uma cidade idólatra e com grande liberdade para os espíritos malignos agirem.
Paulo e Silas são presos, mas cantam na prisão. Deus manda um terremoto, para que sua glória seja manifesta e pessoas sejam salvas. 
Deus permite prisões e dores na vida daqueles a quem ama, para que através do testemunho vidas sejam mudadas.


E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.
E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados.
E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade,
E nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos.
E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas.
E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.
O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco.
E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.
Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.
E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
E, levando-os à sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.
E, sendo já dia, os magistrados mandaram quadrilheiros, dizendo: Soltai aqueles homens.
E o carcereiro anunciou a Paulo estas palavras, dizendo: Os magistrados mandaram que vos soltasse; agora, pois, saí e ide em paz.
Mas Paulo replicou: Açoitaram-nos publicamente e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora.
E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos.
E, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade.
E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram.
Atos 16:16-40


Quando da sua terceira viagem missionária, Paulo esteve novamente em Filipos e outros lugares na Macedônia, após este período foi para Roma, onde ficou preso entre dois ou três anos. Entre 61 e 64 d.C. Paulo escreveu as cartas às igrejas em Éfeso, Colossos, Filipos e a Filemom.


Enquanto estava preso,o apóstolo recebeu a visita de um irmão de Filipos, chamado Epafrodito, que levou uma oferta fruto da generosidade dos filipenses (Fp 4.18). 


Paulo demonstra grande apreço  pelo irmãos, expressa palavras de gratidão pelo engajamento e cooperação contínua desta igreja (Fp 1.5). Existiam também alguns pregadores na região que era invejosos e tentavam minar o ministério do apóstolo e prejudicar a unidade do corpo de Cristo, desta forma a carta servia como exortação e alerta para a congregação, com o intuito de permanecerem firmes na fé mesmo em meio as adversidades, assim como ele que estava preso, porém livre em Cristo. 


Ainda sobre o propósito desta carta, o pastor Elienai Cabral escreve:


As cartas da prisão tornaram-se epístolas doutrinárias que não somente ensinavam as doutrinas de Cristo, mas orientavam os cristãos quanto ao comportamento que deviam ter em relação ao mundo hostil daqueles dias contra a Igreja. Porém, essa Carta é um libelo de amor e gratidão aos filipenses pelo cuidado deles com os obreiros que serviam a Cristo.

Elienai, Cabral. Filipenses (Locais do Kindle 239-241). CPAD. Edição do Kindle. 


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