O
cristianismo que vivemos é no mínimo cômico, se partirmos de um princípio do
teatro grego onde tragédia e comédia estão interligados, ou talvez fosse melhor
definido como trágico.
Vivemos
uma espécie de “baile de máscaras” ao longo dos últimos quase 2000 anos.
Os bailes
de máscara eram eventos que a nobreza europeia costumava frequentar, sempre com
uma máscara impedindo que fossem descobertos seus rostos ou suas identidades.
Dessa forma, eram quem queriam independente de posição social, nacionalidade ou
credo. Não questiono a questão cultural, mas sim a oportunidade para covardes
ideológicos se mostrarem. Poderíamos traçar um paralelo entre esse fato e algo
que acontece em larga escala na internet em nossos dias, os comentários
anônimos. Quantos de nós ao lermos textos na rede e nos depararmos com os
comentários vemos aquela crítica ácida, em que o sujeito é tão inteligente que
não tem a dignidade de mostrar seu nome.
Vejo
algumas relações entre essas questões e o cristianismo. Nossas estruturas
religiosas ditas
“cristãs”
muitas vezes nos levam a representar papéis, andarmos mascarados ou
apresentar-nos como anônimos. E olha que não faltam observações, para que não
cedêssemos a esse arquétipo hipócrita, por parte de nosso exemplo maximus,
Jesus Cristo: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são
como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos
e de todo tipo de imundície”. Mateus 23:27.
Vilto Reis
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